quarta-feira, 25 de maio de 2011

Estudo da linguagem jornalística - reportagem

Ponto de partida

A partir de reportagens tiradas de grandes jornais, mostrar aos alunos o gênero e a linguagem empregada.

 Objetivos

1) Analisar e identificar a reportagem, seus aspectos e características;

2) Motivar os alunos para o estudo deste gênero;

3) Desenvolver técnicas de narração;

4) Conhecer e exercitar a capacidade de sintetizar os fatos e de utilizar o tempo verbal correto.

 Estratégias

1) Peça aos alunos que tragam reportagens para a sala de aula;

2) Ajude-os a identificar o gênero e suas características distinguindo-os de outros textos jornalísticos como os editoriais e os artigos;

3) Peça que os alunos indiquem as reportagens que consideram bem escritas e que expliquem quais são as qualidades dos textos escolhidos;

4) Aproveite a oportunidade para debater temas polêmicos que estejam presentes nas reportagens;

5) Reforce a necessidade de ler jornais e revistas para manter-se atualizado;

6) Pesquise charges para motivar o desenvolvimento do tema estudado;

7) Reúna os alunos em pequenos grupos e proponha que criem suas próprias reportagens sobre acontecimentos da escola. Enfatize que eles devem levar em conta as mesmas características dos textos que selecionaram.

Trabalhar em produção de Jornal em sala de aula

Objetivo

1) Criar um projeto para o "Jornal da Classe".

2) Conhecer a linguagem jornalística, debater o hábito diário da leitura do jornal, reconhecer características da linguagem jornalística.

3) Analisar a primeira página dos principais jornais de sua cidade.

4) Distinguir elementos constitutivos do jornal, como reportagem, título, lide, ilustração e legenda.

 Material de apoio

Um excelente material de apoio pode ser o "Manual de Redação da Folha de S.Paulo", publicado pela editora Publifolha, com vasta informação sobre o trabalho jornalístico, ou o "Manual de Redação e Estilo", do jornal "O Estado de S. Paulo", organizado por Eduardo Martins.

Estratégias

1) Determinar a data e solicitar aos alunos que tragam os diferentes jornais para análise em sala de aula.

2) Dividir a classe em grupos. Cada grupo deve analisar as particularidades da primeira página do jornal, distinguindo seus diversos elementos.

3) Após essa primeira etapa, é realizado um debate com toda a classe, sobre semelhanças e diferenças entre os jornais analisados.

Atividade

1) Baseados nas primeiras páginas dos jornais analisados, os alunos devem elaborar um layout para um "Jornal da Classe".

2) Devem criar o título, os espaços para as reportagens, os espaços para as legendas, as fotos e as ilustrações. Podem redigir os textos fictícios para esses espaços, noticiando fatos que gostariam de ver no jornal. Podem ainda acrescentar outros elementos que acharem necessários.

3) Esse layout pode se transformar num cartaz e ser exibido num mural ou num espaço de exposição no colégio.

domingo, 22 de maio de 2011

Liberdade pessoal

A liberdade é algo intocável, mas desejado pela grande maioria dos seres humanos. Uma vez que a conseguimos, não há mais sofrimento ou tormenta. A mente voa livre como um pássaro no sentido que preferirmos. Quando isso acontece, é sempre possível realizar nossos sonhos neste nível de consciência e de autopercepção mais elevada. Isto é o que as pessoas na Índia chamam de “prana” e os católicos de “união com Deus”. A gente se sente nas nuvens literalmente. A gente voa alto…

Portanto, vale a pena trabalhar para chegar lá…

Três soluções para a Liberdade pessoal:

● Sempre que perceber que está tendo preocupação com um problema, mude imediatamente o pensamento para a solução ou uma lembrança boa do passado ou projeção do futuro. Exercite sua mente a pensar positivo, custe o que custar, sem a ajuda de remédios. Para sermos bons em tudo o que fazemos temos de treinar e praticar.

● Sempre dê risadas. O humor é uma ferramenta poderosíssima para liberar toxinas emocionais e físicas. Se um comediante pode ver no drama coisas engraçadíssimas, também podemos. Quando liberamos as toxinas no riso, esse processo se torna a vitamina que ajuda a ter bom humor: Esse processo vai ajudar consequentemente o fígado, que, se não estiver limpo e funcionando bem, faz com que o mau humor tome conta de você. Já vi muita gente acordar de mau humor sem saber por que. Também vi muita mulher, dias antes da menstruação, não ter como controlar o mau humor e a sensibilidade. Mas, para tudo isso, há soluções maravilhosas: não deixe de pesquisar. Saiba mais sobre seu corpo para que tenha energia suficiente para viver extraordinariamente bem.

● Caso se senta mal emocionalmente procure ajuda imediatamente. Não me refiro apenas a ajuda dos amigos para desabafar (esta ajuda também é valida momentaneamente) mas não esqueça que o mal não foi cortado pela raiz e ira voltar à tona cedo ou tarde. A doença emocional é uma doença vista na maioria das vezes como secundaria e por isso mesmo se torna crônica pelo numero de anos existindo dentro de nós sem ao menos nos dar conta. E quando as dores na região lombar, a dor nos ombros, e dores de cabeça incomodarem, as aspirinas da vida podem fazer a dor física passar por um tempo mais repito, o mal não foi cortado pela raiz.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A língua Portuguesa agradece..... Nossos ouvidos também.

O texto oferece uma maneira simples de verificar várias palavras que são pronunciadas pelas pessoas de forma incorreta, segundo a variante padrão da linguagem.

Com algumas pequenas adaptações é possível utilizá-lo em sala de aula. Certamente renderá uma aula leve e até divertida. Pode-se também distribuir aos alunos a título de curiosidade. Certamente eles aprenderão a pronuncia correta de algumas palavras.

Não diga:
-Menas (sempre menos)
-Iorgute (iogurte)
-Mortandela (mortadela)
-Mendingo (mendigo)
-Trabisseiro (travesseiro)
-Trezentas gramas (é O grama e não A grama)
-Di menor, di maior (é simplesmente maior ou menor de idade)
-Cardaço (cadarço)
-Asterístico (asterisco)
-Beneficiente (beneficente - lembre-se de Beneficência Portuguesa)
-Meia cansada (meio cansada)
A forma correta de pronunciar é a que está entre parênteses.
Lembre-se também:

- Mal - Bem
- Mau - Bom
-A casa é GEMINADA (do latim geminare = duplicar) e não GERMINADA que vem de germinar, nascer, brotar
-O certo é CUSPIR e não GOSPIR.
-O certo é BASCULANTE e não VASCULHANTE, aquela janela do banheiro ou da cozinha.
-Se você estiver com muito calor, poderá dizer que está "suando" (com u) e não "soando", pois quem "soa" é sino!
-O peixe tem ESPINHA (espinha dorsal) e não ESPINHO. Plantas têm espinhos.
-Homens dizem OBRIGADO e mulheres, OBRIGADA;
-O certo é HAJA VISTA (que se oferece à vista) e não HAJA VISTO;
-“FAZ dois anos que não o vejo" e não "FAZEM dois anos";
-POR ISSO e não PORISSO;
-"HAVIA muitas pessoas no local" e não "HAVIAM";
-"PODE HAVER problemas" e não "PODEM HAVER...";
-PROBLEMA e não POBLEMA ou POBREMA;
-A PARTIR e não À PARTIR;
-Para EU fazer, para EU comprar, para EU comer e não para MIM fazer, para mim
comprar ou para mim comer (mim não conjuga verbo; apenas "eu, tu, eles, nós, vós, eles");
-Você pode ficar com dó (ou com um dó) de alguém, mas nunca com "uma dó"; a palavra dó no feminino é só a nota musical (do, ré, mi, etc etc.);
-As pronúncias: CD-ROM é igual a ROMA sem o A. Não é CD-RUM (nem CD-pinga, CD-vodka, etc). ROM é abreviatura de Read Only Memory - memória apenas para leitura; HALL é RÓL não RAU, nem AU;
E, agora, o horror divulgado pelo pessoal do TELEMARKETING: Não é "eu vou
estar mandando", "vou estar passando", vou estar verificando e sim eu vou MANDAR , vou PASSAR e vou VERIFICAR (muito mais simples, mais elegante e CORRETO).
-Da mesma forma, é incorreto perguntar: COM QUEM VOCÊ QUER ESTAR FALANDO? Veja como é o correto e mais simples: COM QUEM VOCÊ QUER FALAR?
-Ao telefone não use: “Quem gostaria?” É de lascar...
-Não é elegante você tratar por telefone pessoas que não conhece utilizando
termos como: querido(a), meu filho(a), meu bem, amigo(a)... Utilize o nome da
pessoa ou Senhor, Senhora.
Por último, e talvez a pior de todas: por favor, arranquem os benditos SEJE e
ESTEJE do seu vocabulário (estas palavras não existem).
Mande aos seus amigos: se circula tanta bobagem pela internet, por que não
circular coisa útil? A Língua Portuguesa agradece.

Texto anônimo encontrado na Internet.

PEQUENO DICIONÁRIO DE INTERPRETAÇÃO.

 

A - Atenção ao ler o texto é fundamental.
B - Busque a resposta no texto. Não tente adivinhá-la. “Chute” só em último caso.
C - Coesão: uma frase com erro de coesão pode tornar um contexto indecifrável.
- Contexto: é o conjunto de idéias que formam um texto ---> o conteúdo.

D - Deduzir: deduz- se somente através do que o texto informa.

E - Erros de Interpretação:
• Extrapolação ( viagem ): é proibido viajar. Não se pode permitir que o pensamento voe.
• Redução: síntese serve apenas para facilitar o entendimento do contexto e para fixar a idéia principal. Na hora de responder lê-se o texto novamente.
• Contradição: é proibido contradizer o autor. Só se contradiz se solicitado.

F – Figuras de linguagem: conhecê-las bem ajudam a compreender o texto e, até, as questões.

G – Gramática: é a “alma” do texto. Sem ela, não haverá texto interpretável. Portanto, estude-a bastante.

H - História da Literatura: reconhecer as escolas e os gêneros literários é fundamental. Revise seus apontamentos de literatura.

I – Interpretação: o ato de interpretar tem primeiro e principal objetivo a identificação da idéia principal.
• Intertexto: são as citações que complementam, ou reforçam, o enfoque do autor .

J – Jamais responda “de cabeça”. Volte sempre ao texto.

L – Localizar-se no contexto permite que o candidato DESCUBRA a resposta.

M – Mensagem: às vezes, a mensagem não é explícita, mas o contexto informa qual a intenção do autor.
N – Nexos: são importantíssimos na coesão. Estude os pronomes relativos e as conjunções.

O – Observação: se você não é bom observador, comece a praticar HOJE, pois essa capacidade está intimamente ligada à atenção.

• OBSERVAÇÃO = ATENÇÃO = BOA INTERPRETAÇÃO.

P – Parafrasear: é dizer o mesmo que está no texto com outras palavras. É o mais conhecido “pega – ratão“ das provas.

Q – Questões de alternativas ( de “a” a “e” ): devem ser todas lidas. Nunca se convença de que a resposta é a letra “a” . Duvide e leia até a letra “e”, pois a resposta correta pode estar aqui.

R – Roteiro de Interpretação

Na hora de interpretar um texto, alguns cuidados são necessários:
a) ler atentamente todo o texto, procurando focalizar sua idéia central;
b) interpretar as palavras desconhecidas através do contexto;
c) reconhecer os argumentos que dão sustentação a idéia central;
d) identificar as objeções à idéia central;
e) sublinhar os exemplos que foram empregados como ilustração da idéia central;
f) antes de responder as questões, ler mais de uma vez todo o texto, fazendo o mesmo com as questões e as alternativas;
g) a cada questão, voltar ao texto, não responder “de cabeça”;
h) se preferir, faça anotações à margem ou esquematize o texto;
i) se o enunciado pedir a idéia principal, ou tema, estará situada na introdução, na conclusão, ou no título;
j) se o enunciado pedir a argumentação, esta estará localizada, normalmente, no corpo do texto.

S – Semântica: é a parte da gramática que estuda o significado das palavras. É bom estudar: homônimos e parônimos, denotação e conotação, polissemia, sinônimos e antônimos. Não esqueça que a mudança de um “i “ para “e” pode mudar o significado da palavra e do contexto.
IMINENTE ---> EMINENTE

T – Texto: basicamente, é um conjunto de IDÉIAS (ASSUNTO) ORGANIZADAS(ESTRUTURA).
- INTRODUÇÃO-ARGUMENTAÇÃO-CONCLUSÃO

U – Uma vez, contaram a você que existem a ótica do escritor e a ótica do leitor. É MENTIRA! Você deve responder às questões de acordo com o escritor.

V – Vícios: esses “errinhos” do cotidiano atrapalham muito na interpretação. Não deixe que eles interfiram no seu conhecimento.

X – Xerocar os conteúdos, isto é, decorá-los não é o suficiente: é necessário raciocinar.

Z – Zebra não existe: o que existe é a falta de informação. Portanto, informe-se .

(Autoria de Lúcia Piva)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

10 dicas para fazer uma boa crônica

1) Defina um tema, de preferência atual.
2) Inicie o texto com uma frase curta e objetiva, deixando claro ao leitor sobre o que você pretende escrever.
3) Texto, seja qual for, deve ter começo, meio e fim.
4) Você pode inserir “ares” de conto e poesia em sua crônica, mas, na medida certa, sem exagero. Crônica nada mais é que um comentário.
5) A sensibilidade do autor é o seu maior guardião. Você percebe quando está escrevendo besteira, portanto, deixe o orgulho de lado, apague e corrija, e, se necessário, recomece tudo.
6) O tamanho da crônica depende do espaço que o autor dispõe para escrevê-la. Mas, de modo geral, em quatro ou cinco breves parágrafos, você consegue escrever uma boa crônica sem provocar a paciência do leitor.
7) De preferência, escreva sobre amenidades. A não ser que haja algum fato relevante que mereça comentário.
8) Ao fazer citações, referente a nomes ou acontecimentos, investigue as fontes e confirme os dados. Não existe meia informação. Na dúvida, evite. Há sempre um outro modo de se dizer ou se referir à mesma coisa.
9) Ao terminar de escrever o texto, leia-o e releia-o. E corrija-o se necessário. E se necessário ainda, despreze-o e faça outro. Normalmente você dispõe de um computador. Imagine aqueles autores antigos que escreviam à luz de vela, com o cheiro insuportável da caneta tinteiro e seus borrões, ou aqueles que colavam e recortavam laudas sem tirá-las do carro da máquina de escrever. Hoje, você dispõe dessa preciosidade que é o editor de texto e seus múltiplos recursos. Portanto, não seja preguiçoso. A menos que você seja um gênio da literatura, essa perniciosa característica não combina com você.
10) Só publique o que for bom. Não esqueça que sua reputação está em jogo

Resenha do filme Melhor é impossível!!!

MELHOR É IMPOSSÍVEL é um filme que trata da vida de um Neurótico Compulsivo-Obsessivo.

Melwin o personagem principal é uma pessoa muito especial que apresenta uma relação muito rígida com as pessoas com as quais convive. Pelo fato de ser muito exigente, Melvin é uma pessoa de difícil convívio, poucas pessoas tem paciência com ele, pois ele tem alguns hábitos muito estranhos, bem com sentar sempre na mesma mesa da lanchonete, ser atendido sempre pela mesma garçonete, Carol, levar os próprios talheres de casa para almoçar, não admitir que outras pessoas pessoas toquem nele, e não se preocupar com os sentimentos alheios falando qualquer coisa que tiver vontade.

Ele só caminha em calçadas sem pisar nas divisórias, tranca a porta da sua casa cinco vezes, lava a mão cinco vezes e a cada vez usa um novo sabonete. Sendo que era um escritor passava grande parte do seu dia trabalhando.

O personagem tinha consciência de sua doença, mas tinha medo de tomar os comprimidos que o psiquiatra indicou. A partir do momento em que ele começou a desenvolver um sentimento de afeto por algumas pessoas e por um cachorro começou a fazer o seu tratamento melhorando a partir daí de forma significativa.

REFERENCIAL TEÓRICO

1. NEUROSE OBSESSIVO-COMPULSIVA

Melwin o personagem do filme apresenta uma neurose obsessivo-compulsiva, que das estruturas neuróticas é a menos evoluída; nessa estrutura a pessoa se caracteriza por ser muito rígida nos seus relacionamentos, e quase não demonstrar os seus sentimentos. Esse tipo de pessoa geralmente tem mania de limpeza, trabalha muito e também estuda muito como forma de controlar as suas ansiedade.

Neste tipo clássico de Psiconeurose ocorre uma dissociação entre o estado afetivo e a idéia a ele associada, explicando dessa forma o caráter intenso das repetições observadas que é um tipo estratégico desta neurose, ou pode ocorrer por outro lado, que a idéia original seja substituída não por outra idéia mas por atos ou impulsos repetitivos.

Segundo Freud (1919) a fantasia é apresentada como uma verdadeira deformação dos
desejos inconscientes.

CONCLUSÃO:

A neurose obsessiva é um problema mental que se caracteriza pela insistência contínua de uma pessoa em um pensamento ou idéia. Embora a pessoa saiba que a sua obsessão tem um fundamento, ela o atormenta sem que o paciente possa evitá-lo.

O neurótico obsessivo reitera certos atos que, uma vez realizados, acalmam a sua sensação de angustia. (É como se surgisse em seu interior uma ordem que visse obrigado a obedecer para encontrar a calma).

Alguns atos da vida cotidiana podem adquirir caráter obsessivo bem como fechar uma torneira, por os móveis de um cômodo de determinada maneira, ou corrigir repetidamente a posição de um quadro na parede. Outras vezes a obsessão provoca um sentido exagerado da higiene pessoal e o neurótico lava-se repetidas vezes continuamente.

Outro fator relevante é o de que a neurose obsessiva tem cura, a qual baseia-se na
psicoterapia, na qual o médico tentará analisar o conflito que está na raiz da reação neurótica e a partir da sua compreensão tentar elaborar a sua conduta posterior.

2. ESQUIZOFRENIA

A esquizofrenia é um transtorno mental que interfere na capacidade da pessoa de discernir entre o que é real e o que não é, de controlar suas emoções, de racionalizar com clareza, de fazer julgamentos, e de se comunicar.

Os transtornos esquizofrênicos caracterizan-se em geral por distorções profundas e características no pensamento e na percepção, e por afeto inapropriado ou embotado. A consciência e a capacidade intelectual geralmente são preservadas, embora possa haver o desenvolvimento dos certos déficits cognitivos com o passar do tempo. O transtorno envolve as funções mais básicas que dão à pessoa normal uma sensação de individualidade, singularidade e auto-controle.

O indivíduo acredita que seus pensamentos, sentimentos e atitudes mais íntimos são compartilhados por outras pessoas, podendo haver delírios explanatórios, onde forças sobrenaturais agiriam sobre os pensamentos e atitudes atormentadas do individuo de formas geralmente bizarras. A pessoa pode se ver como pivô de tudo o que acontece. Alucinações, principalmente auditivas, são comuns e podem parecer mais importantes que o objeto ou situação em si. A perplexidade também é comum e freqüentemente leva a crença de que situações cotidianas têm um significado especial, geralmente sinistro, direcionado unicamente para a pessoa.

No transtorno de pensamento esquizofrênico característico, aspectos periféricos e irrelevantes de coisas comuns podem parecer mais importantes que o objeto ou situação em si. A perplexidade também é comum e freqüentemente leva a crenças de que as situações cotidianas tem um significado especial, geralmente sinistro, direcionado unicamente à pessoa.

No transtorno de pensamento esquizofrênico característico, aspectos periféricos e irrelevantes de um conceito total, que são inibidos na atividade mental direta normal, são trazidos à tona utilizados em detrimento daqueles relevantes e apropriados a situação. Assim o pensamento torna-se vago, elíptico, e obscuro, e sua expressão no discurso às vezes é incompreensível. Pausas e interpolações na seqüência do pensamento são freqüentes, e os pensamentos parecem ter sido removidos por alguma força externa. O humor é caracteristicamente superficial, crítico ou incongruente. Pode ocorrer ambivalência e transtorno de volição, como inércia, negativismo ou letargia. Pode haver catatonia. O inicio pode ser agudo, com comportamento seriamente comprometido, ou insidioso, com o desenvolvimento gradual de idéias e atitudes estranhas.
O curso do transtorno mostra uma variação iguamente grande por tornando-se inevitavelmente crônico ou pior a cada dia. Em alguns casos, que pode variar em diferentes culturas e populações, ocorre uma recuperação completa ou quase completa. Os sexos são afetados aproximadamente da mesma forma, mas o inicio tende a ser cada vez mais tardio nas

Diferenciar tristeza de depressão

Achei interessante a matéria.

Mais um pouco de informações para diferenciar tristeza e depressão.

Ficar triste dói. o sentimento pode ser passageiro ou durar muito tempo. Mesmo nesses casos, não significa que ele só possa ser superado com remédios, diz o sociólogo americano Allan V. Horwitz. O livro que lançou nos Estados Unidos em julho, The Loss of Sadness: how Psychiatry Transformed Normal Sorrow into Depressive Disorder (A Perda da Tristeza: como a Psiquiatria Transformou a Tristeza Comum em Desordem Depressiva), em parceria com o psiquiatra Jerome Wakefield, é uma tentativa de alertar sobre o que considera um excesso de diagnósticos de depressão.

 Allan V. Horwitz

ÉPOCA – O que significa a “perda da tristeza” que dá nome ao livro?

Allan V. Horwitz – Tristeza é a resposta normal a perdas que sofremos na vida. Agora se tornou comum chamá-la de “depressão”. Algo normal foi transformado em doença. A cultura dos antidepressivos transformou em doença dificuldades que fazem parte da vida.

ÉPOCA – Segundo calcula a Organização Mundial da Saúde (OMS), 121 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão. O que o senhor acha desse número?

Horwitz – É uma estimativa muito elevada. A OMS usa os sintomas da tristeza, que até podem ser os mesmos da depressão, sem considerar o contexto do acontecimento que deixou a pessoa triste. Incluem na mesma estatística quem sente uma tristeza normal e quem realmente é depressivo.

ÉPOCA – Que sintomas caracterizam a tristeza e a depressão?

Horwitz – Segundo o manual de diagnósticos da psiquiatria (DSM-4), se cinco sintomas de uma lista de nove durarem mais de duas semanas, os médicos dizem que há depressão. São eles: perda do humor; perda de interesse por atividades prazerosas; ganho de peso ou perda de apetite; insônia ou excesso de sono; agitação ou apatia; cansaço; sentimento de culpa e baixa auto-estima; dificuldade de concentração e de decisão; pensamentos recorrentes sobre morte ou tentativa de suicídio.

ÉPOCA – Então, qual é a diferença entre tristeza e depressão?

Horwitz –Ficamos naturalmente tristes pelas perdas do dia-a-dia, como de um relacionamento amoroso, de um emprego, de uma notícia de que seu estado de saúde não é bom. Ou quando há condições estressantes – como a pobreza – ou relações sociais em que se sofrem abusos, como os de poder. São situações ruins, mas sofrê-las não significa que algo esteja errado. É diferente da depressão, que surge sem razão específica. Não precisa ter acontecido algo terrível para surgir a depressão, que tem características biológicas. Ainda assim, a maior diferença não é o que acontece no cérebro. É o que ocorre dentro do contexto social. É dar à tristeza o ar de doença.

ÉPOCA – Depois de quanto tempo a tristeza passa a ser um quadro preocupante?

Horwitz – Não existe uma linha divisória definida. Podemos dizer que se uma tristeza dura mais de dois meses algo pode estar errado. Mas não significa que não tenha solução. O que importa é que estão tratando quem levou um fora do namorado e não consegue se concentrar, dormir ou comer direito da mesma maneira que a alguém com sintomas que persistem por longos períodos. Ficar na fossa quando um namoro acaba é a resposta natural a um estresse, e não um distúrbio mental.

ÉPOCA – A tristeza pode ser boa? O que podemos aprender com ela?

Horwitz – Uma situação dolorosa nunca é boa. A tristeza que envolve a perda pela morte de alguém que foi importante para nós é dura e custa a passar. Por outro lado, a perda do emprego e o fim de um relacionamento amoroso são circunstâncias que nos fazem parar para pensar. Revemos defeitos, analisamos conseqüências de nossos atos. Isso ajuda a encontrar equilíbrio na hora de começar de novo. A pessoa ganha maturidade.

ÉPOCA – O sentimento de perda provocado pela morte de alguém que amamos é depressão?



Horwitz – Não. É uma situação pesada. Mas a perda pela morte também faz parte da vida. Todos vamos perder pessoas queridas, e todos vamos morrer.

ÉPOCA – Como superar as fases mais complicadas?

Horwitz – O melhor a fazer é conversar com pessoas próximas. Falar com amigos e parentes. Procurar o apoio de quem nos conhece é o remédio ideal. A terapia também pode ajudar. Especialmente nos casos em que a tristeza se prolonga.

ÉPOCA – Desde quando a tristeza passou a ser medicada como doença?

Horwitz – Desde 1980, quando a Associação Americana de Psiquiatria lançou uma nova versão do manual de diagnósticos, que hoje está na quarta versão. O diagnóstico para distúrbios mentais se tornou generalista. Se alguém apresentar cinco sintomas daquela lista, é depressivo. Mas os médicos não se preocupam em questionar as circunstâncias.

ÉPOCA – Qual é a responsabilidade dos médicos nesse cenário?

Horwitz – Os médicos deixaram de considerar em que contexto esses sintomas surgem. Sei que no fundo é difícil para eles investigar as causas da tristeza, porque gastam no máximo 15 minutos com um paciente. É um contato muito breve – e fica mais fácil receitar uma pílula. Nem sempre é o que acreditam ser o melhor. Mas eles são pressionados pelo sistema de saúde – especialmente nos Estados Unidos – a não se prolongar em consultas. Os médicos estão falhando. Mas existem razões para essa falha.

ÉPOCA – E o paciente? Tem culpa?

Horwitz – Sim. Os médicos também cedem àquilo que o paciente deseja. Eles receitam o que o paciente pede quando chega ao consultório. Se não há evidências de que o paciente realmente sofre de algum transtorno, é uma atitude irresponsável.

ÉPOCA – O que é mais grave: tomar antidepressivos sem precisar ou ter uma depressão não tratada?

Horwitz – Alguém com depressão realmente precisa de tratamento. A intenção de nosso livro não é dizer que pessoas com problemas reais não devam ser tratadas da forma adequada, com remédios. Mas nos últimos anos ficou claro que consumir antidepressivos sem necessidade é um perigo. As duas situações são alarmantes.

ÉPOCA – A indústria farmacêutica colaborou para essa cultura de tratar a tristeza com medicamentos?

Horwitz – A indústria farmacêutica ganha muito dinheiro com antidepressivos. Promove esses produtos com anúncios mostrando pessoas felizes, que superaram seus problemas ao engolir uma pílula. É uma cena comum apresentada na publicidade. São casais, pais e filhos em situações do cotidiano, da família, do trabalho, que estão bem graças a um remédio. É um marketing poderoso e perigoso.

sábado, 14 de maio de 2011

Interpretação de textos

Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura:
Informativa e de reconhecimento;
Interpretativa.

A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à idéia-central de cada parágrafo.
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque palavras com NÃO, EXCETO, RESPECTIVAMENTE, etc, pois fazem diferença na escolha adequada.

Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter idéia do sentido global proposto pelo autor.
ORGANIZAÇÃO DO TEXTO E IDÉIA CENTRAL

Um texto para ser compreendido deve apresentar idéias seletas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela idéia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão do texto.
Podemos desenvolver um parágrafo de várias formas:

Declaração inicial;
Definição;

Divisão;
Alusão histórica.

Serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques. Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um espaçamento da margem esquerda.
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a idéia central extraída de maneira clara e resumida.

Atentando-se para a idéia principal de cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos levará à compreensão do texto.
OS TIPOS DE TEXTO
Basicamente existem três tipos de texto:

Texto narrativo;
Texto descritivo;
Texto dissertativo.

Cada um desses textos possui características próprias de construção.

DESCRIÇÃO
Descrever é explicar com palavras o que se viu e se observou. A descrição é estática, sem movimento, desprovida de ação. Na descrição o ser, o objeto ou ambiente são importantes, ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo.

O emissor capta e transmite a realidade através de seus sentidos, fazendo uso de recursos lingüísticos, tal que o receptor a identifique. A caracterização é indispensável, por isso existe uma grande quantidade de adjetivos no texto.
Há duas descrições:
Descrição denotativa
Descrição conotativa.

DESCRIÇÃO DENOTATIVA
Quando a linguagem representativa do objeto é objetiva, direta sem metáforas ou outras figuras literárias, chamamos de descrição denotativa. Na descrição denotativa as palavras são utilizadas no seu sentido real, único de acordo com a definição do dicionário.

Exemplo:
Saímos do campus universitário às 14 horas com destino ao agreste pernambucano. À esquerda fica a reitoria e alguns pontos comerciais. À direita o término da construção de um novo centro tecnológico. Seguiremos pela BR-232 onde encontraremos várias formas de relevo e vegetação.

No início da viagem observamos uma típica agricultura de subsistência bem à margem da BR-232. Isso provavelmente facilitará o transporte desse cultivo a um grande centro de distribuição de alimentos a CEAGEPE.
DESCRIÇÃO CONOTATIVA
Em tal descrição as palavras são tomadas em sentido figurado, ricas em polivalência.

Exemplo:
João estava tão gordo que as pernas da cadeira estavam bambas do peso que carregava. Era notório o sofrimento daquele pobre objeto.
Hoje o sol amanheceu sorridente; brilhava incansável, no céu alegre, leve e repleto de nuvens brancas. Os pássaros felizes cantarolavam pelo ar.

NARRAÇÃO
Narrar é falar sobre os fatos. É contar. Consiste na elaboração de um texto inserindo episódios, acontecimentos.
A narração difere da descrição. A primeira é totalmente dinâmica, enquanto a segunda é estática e sem movimento. Os verbos são predominantes num texto narrativo.
O indispensável da ficção é a narrativa, respondendo os seus elementos a uma série de perguntas:
Quem participa nos acontecimentos? (personagens);
O que acontece? (enredo);
Onde e como acontece? (ambiente e situação dos fatos).
Fazemos um texto narrativo com base em alguns elementos:
O quê? – Fato narrado;
Quem? – personagem principal e o anti-herói;
Como? – o modo que os fatos aconteceram;
Quando? – o tempo dos acontecimentos;
Onde? – local onde se desenrolou o acontecimento;
Por quê? – a razão, motivo do fato;
Por isso: – a conseqüência dos fatos.
No texto narrativo, o fato é o ponto central da ação, sendo o verbo o elemento principal. É importante só uma ação centralizadora para envolver as personagens.
Deve haver um centro de conflito, um núcleo do enredo.
A seguir um exemplo de texto narrativo:
Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Capitão Rodrigo Camborá entrara na vida de Santa Fé. Um dia chegou a cavalo, vindo ninguém sabia de onde, com o chapéu de barbicacho puxado para a nuca, a bela cabeça de macho altivamente erguida e aquele seu olhar de gavião que irritava e ao mesmo tempo fascinava as pessoas. Devia andar lá pelo meio da casa dos trinta, montava num alazão, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto musculoso apertado num dólmã militar azul, com gola vermelha e botões de metal.

(Um certo capitão Rodrigo – Érico Veríssimo)

A relação verbal emissor – receptor efetiva-se por intermédio do que chamamos discurso. A narrativa se vale de tal recurso, efetivando o ponto de vista ou foco narrativo.

Quando o narrador participa dos acontecimentos diz-se que é narrador-personagem. Isto constitui o foco narrativo da 1ª pessoa.

Exemplo:
Parei para conversar com o meu compadre que há muito não falava. Eu notei uma tristeza no seu olhar e perguntei:
- Compadre por que tanta tristeza?
Ele me respondeu:
- Compadre minha senhora morreu há pouco tempo. Por isso, estou tão triste.
Há tanto tempo sem nos falarmos e justamente num momento tão triste nos encontramos. Terá sido o destino?
Já o narrador-observador é aquele que serve de intermediário entre o fato e o leitor. É o foco narrativo de 3ª pessoa.

Exemplo:
O jogo estava empatado e os torcedores pulavam e torciam sem parar. Os minutos finais eram decisivos, ambos precisavam da vitória, quando de repente o juiz apitou uma penalidade máxima.
O técnico chamou Neco para bater o pênalti, já que ele era considerado o melhor batedor do time.

Neco dirigiu-se até a marca do pênalti e bateu com grande perfeição. O goleiro não teve chance. O estádio quase veio abaixo de tanta alegria da torcida.
Os quarenta e sete minutos do segundo tempo o juiz finalmente apontou para o centro do campo e encerrou a partida.

FORMAS DE DISCURSO
Discurso direto;
Discurso indireto;
Discurso indireto livre.

DISCURSO DIRETO
É aquele que reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa.
Podemos enumerar algumas características do discurso direto:
- Emprego de verbos do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros;
- Usam-se os seguintes sinais de pontuação: dois-pontos, travessão e vírgula.

Exemplo:
O juiz disse:
- O réu é inocente.

DISCURSO INDIRETO
É aquele reproduzido pelo narrador com suas próprias palavras, aquilo que escutou ou leu de outra pessoa.
No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação e usamos conjunções: que, se, como, etc.

Exemplo:
O juiz disse que o réu era inocente.

DISCURSO INDIRETO LIVRE
É aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta própria, servindo-se de orações absolutas ou coordenadas sindéticas e assindéticas.

Exemplo:
Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves matarem bois e cavalos, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando”. (Graciliano Ramos).


Faetonte e o carro do Sol

O jovem Faetonte, criado pela mãe, desconhecia quem fosse seu pai. Um dia, ela lhe contou quem ele era: o Sol. Desejando comprovar se a revelação era verdadeira, Faetonte foi até a morada daquele astro, um palácio brilhante de ouro, prata e marfim. Depois de narrar o acontecido, disse-lhe:
— Ó luz do mundo imenso, se minha mãe não está mentindo, dê-me uma prova de que sou mesmo seu filho! Acabe de uma vez com essa minha dúvida! O Sol tirou da cabeça os raios que brilhavam para poder abraçar o filho. Depois de tê-lo abraçado, disse:
— Para que não tenha dúvida de que sou seu pai, peça o que quiser, e eu lhe darei. Juro pelo rio dos Infernos, o Estige. Esse é o juramento que obriga os deuses a cumprirem sua palavra.
Faetonte, então, pede ao pai que lhe deixe guiar seu carro, que era puxado por cavalos alados. O pai se arrependeu da promessa, mas não podia voltar atrás. Tentou fazer o filho desistir da idéia:
— Você é um mortal e o que está pedindo não é para mortais. Só eu posso dirigir o carro que leva o fogo do céu. Nem Zeus  poderia fazer isso. Que espera encontrar nos caminhos do céu? Você passará por muitos perigos: os chifres da constelação de Touro, o arco de Sagitário, a boca do Leão. Além disso, há os cavalos, difíceis de domar, soltando fogo pela boca e pelas ventas. Peça outra coisa, filho, e se mostre mais sensato nos seus desejos.
Mas Faetonte não queria ouvir os conselhos do pai, que foi obrigado a satisfazer àquele pedido. Levou o rapaz ao carro. Era todo feito de ouro, prata e pedras preciosas. Faetonte olhou-o cheio de admiração.
Eis que no Oriente a Aurora começou a tingir o céu de rosa. O Sol ordena às Horas velozes que atrelem os cavalos ao carro. Depois, passa uma pomada divina no rosto do filho, põe os raios ao redor da sua cabeça e profere estas recomendações:
— Não use o chicote e segure as rédeas com firmeza. Os cavalos correm espontaneamente; o difícil é controlá-los. Cuidado para não se desviar da rota.
Nem desça nem suba muito alto. Céu e terra devem suportar o mesmo calor, por isso vá entre um e outra.
Faetonte se instalou no carro, ligeiro ao suportar o peso de um jovem. Os cavalos alados do Sol partiram, enchendo o ar com seus relinchos de fogo.
Mas como praticamente não sentiam nenhum peso nem força nas rédeas, puseram-se a correr à vontade, para fora do caminho habitual. O carro ia para cima e para baixo, provocando grande confusão entre os astros. Ao olhar do alto do céu para a terra,  Faetonte
empalideceu e seus joelhos tremeram de pavor. Já se arrependia do que pedira ao pai. Que fazer? Tinha um espaço infinito de céu às suas costas, outro tanto diante dos olhos. Não largava as rédeas, mas era incapaz de segurá-las com firmeza.
De repente, assustando-se à vista do Escorpião, Faetonte largou as rédeas. Os cavalos correram a toda velocidade por regiões onde jamais o carro do Sol tinha estado. A Lua se espanta de ver os cavalos correndo abaixo dos seus. As montanhas mais altas da terra são as primeiras vítimas das chamas. Depois, o solo se fende, as águas secam, o verde se queima.
Cidades inteiras, com sua gente, viram cinza. Foi naquela época, dizem, que os povos da África passaram a ter cor negra.
Faetonte vê o mundo se abrasar nas chamas do carro do Sol e não sabe o que fazer. Ele mesmo mal pode suportar o calor. Foi então que a Terra, esgotada pela seca, ergueu sua voz sagrada:
— Se eu fiz por merecer isso, ó Zeus, mais poderoso dos deuses, por que não lanças teus raios contra mim? Se devo morrer pelo fogo, que seja ao menos por meio do teu! Já o mundo todo parece pronto para voltar ao caos original. Livra das chamas o que ainda resta. Preocupa-te em salvar o universo!
O pai dos deuses, então, ouvindo aquela súplica, lança um raio contra Faetonte. O jovem, com os cabelos em chamas, tomba do céu, deixando no ar um traço de fogo, como uma estrela cadente. Ninfas recolheram seu corpo e o sepultaram. Como epitáfio, escreveram estas palavras:
— Aqui jaz Faetonte, cocheiro do carro paterno.
Não conseguiu dirigi-lo, mas morreu num ato de grande ousadia.
O pai de Faetonte ficou desolado. Dizem mesmo que durante um dia todo não houve sol sobre a terra.

domingo, 8 de maio de 2011

Temas de redação


 
- Liberdade - centenário de Nabuco; a liberdade X homens na caverna chilena; liberdade e consumo; liberdade individual X tutela estatal

- Lixo - sustentabilidade, lei de resíduos sólidos, consumismo, frugalidade

- Meio ambiente, energia, vazamento de petróleo e problemas ambientais


 Mulheres - imagem da mulher, violência contra a mulher, lei Maria da Penha., mulher e poder


- Liberdade de expressão - imprensa - internet - controle


- Cidades - caos urbano, trânsito, enchentes, a arte urbana (graffite) - construção da cidade ideal - Brasília


- Padrões sociais, identidade e liberdade - Felicidade/ Beleza/Sucesso/ Fama/ Intimidade - doença , obrigação ou necessidade?


- Afetos e normalidade - o que é ser normal, tristeza e timidez são doenças; como lidar com afetos hoje (amizade, amor, solidão, multidão)


- Vício - busca de prazer - adolescência - limites - insegurança - problemas sociais - violência


- Corrupção - participação política - ficha limpa - o que candidatos bizarros revelam


- Castigos físicos e tutela estatal - lei das palmadas, educação dos filhos, poder e controle


- Espetacularização da vida - exibicionismo, perda de privacidade, homens na caverna - julgamento de Nardoni

- A relativização do tempo; a doença da pressa X movimentos slow.


- Língua, cultura e identidade: linguagem e pensamento; patrimônio cultural (centenário de Adoniran Barbosa); linguagem e prestígio social.


- Jovem e limites - álcool, drogas e adolescência, desrespeito às leis.


- O olhar no mundo de imagens - pensar X sentir; ver X enxergar

- Mundo pós-moderno e suas fronteiras: a relativização dos limites e fronteiras e a construção de referências e identidade; arte popular X arte erudita; moderno X arcaico; próximo X distante.



- O homem moderno: que valores regem o universo atual? Que novas abordagens existem sobre o trabalho; a felicidade; a solidariedade?

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Professora de português

01 - Professora de português não nasce; deriva-se.
02 - Professora de português não cresce; vive gradações.
03 - Professora de português não se movimenta; flexiona-se.
04 - Professora de português não é filha de mãe solteira; resulta de uma derivação imprópria.
05 - Professora de português não tem família; tem parênteses.
06 - Professora de português não envelhece; sofre anacronismo.
07 - Professora de português não vê tv; analisa o enredo de uma novela.
08 - Professora de português não tem dor aguda; tem crônica.
09 - Professora de português não anda; transita.
10 - Professora de português não conversa; produz texto oral.
11 - Professora de português não fala palavrão; profere verbos defectivos.
12 - Professora de português não se corta; faz hiato.
13 - Professora de português não grita; usa vocativos.
14 - Professora de português não dramatiza; declama com emotividade.
15 - Professora de português não se opõe; tem problemas de concordância.
16 - Professora de português não discute; recorre a proposições adversativas.
17 - Professora de português não exagera; usa hipérboles.
18 - Professora de português não compra supérfluos; possui termos acessórios.
19 - Professora de português não fofoca; pratica discurso indireto.
20 - Professora de português não é frágil; é átona.
21 - Professora de português não fala demais; usa pleonasmos.
22 - Professora de português não se apaixona; cria coesão contextual.
23 - Professora de português não tem casos de amor; faz romances.
24 - Professora de português não se casa; conjuga-se.
25 - Professora de português não depende de ninguém; relaciona-se a períodos por subordinação.
26 - Professora de português não tem filhos; gera cognatos.
27 - Professora de português não tem passado; tem pretérito mais-que-perfeito.
28 - Professora de português não rompe um relacionamento; abrevia-o.
29 - Professora de português não foge a regras; vale-se de exceções.
30 - Professora de português não é autoritária; possui voz ativa.
31 - Professora de português não é exigente; adota a norma padrão.
32 - Professora de português não erra; recorre a licença poética.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Conjugue o verbo DIPPAR.

 




Esse é chamado portinglês que hoje se cultiva...

Erros de português em placas pelo Brasil

A gramática é o esqueleto do texto, precisamente, a espinha dorsal. Sem ela, as palavras ficam desconjuntadas e dispersas.
Aqui enterraram a gramática em um buraco bem fundo
                                                                                         



segunda-feira, 2 de maio de 2011

Perguntas e respostas

Questão de prova
1. Como chamamos a conjunção que liga as orações coordenadas?
R. É formado por um :   S : megativa

2. Dê o conceito de teatro.
R. É a imagem de um grupo de pessoas.

3. Explique como ocorre um conflito em um texto teatral.
R. É quando tem brigas entre os textos.

4. Como é formado o período composto por coordenação?
R. É formado principalmente por um neurótico.

Faça uma dissertação sobre a loucura.

Pequeno trecho da dissertação

.....A loquise vem de varias origem, vem quando a pessoa bate a cabeça, vem de nascemsa, vem de depreçsão.......

Objeto Direto

Aluno 8º ano
Qual a diferença entre Objeto Direto e Objeto Indireto.
R. Objeto direto é quando ganhamos um presente direto da pessoa que dá; e indireto, a pessoa não pode entregar e manda outro dar.

domingo, 1 de maio de 2011

Orações Subordinadas

Passamos horas estudando e elaborando atividades para depois ler esses absurdos.

Complete
a) As orações subordinadas substantivas são introduzidas pelas conjunções:.......................e .......................
Resposta : (aluno 1 ) direta e indireta
Resposta :  (aluno 2)  Conjuntivo e produtivo


b) Como é formado o período composto por subordinação?
Resposta: verbos diretos e verbos indiretos

c) Para que serve a conjunção?
Resposta :  (aluno 1)  Serve para descobrir orações
Resposta :  (aluno 2)  Introduzir palavras
Resposta :  (aluno 2)  Dar sentido nas palavras

c) Qual a diferença entre linguagem verbal e não-verbal?
Resposta :  Porque uma é verbal e outral é não verbal