terça-feira, 12 de julho de 2011

SIMULADO DE LINGUA PORTUGUESA – 9º ano

A revolução digital
Texto e papel. Parceiros de uma história de êxitos. Pareciam feitos um para o outro.
Disse “pareciam”, assim, com o verbo no passado, e já me explico: estão em processo de separação.
Secular, a união não ruirá do dia para a noite. Mas o divórcio virá, certo como o pôr-do-sol a cada fim de tarde.
O texto mantinha com o papel uma relação de dependência. A perpetuação da escrita parecia condicionada à produção de celulose.
Súbito, a palavra descobriu um novo meio de propagação: o cristal líquido. Saem as árvores. Entram as nuvens de elétrons.
A mudança conduz a veredas ainda inexploradas. De concreto há apenas a impressão de que, longe de enfraquecer, a ebulição digital tonifica a escrita.
E isso é bom. Quando nos chega por um ouvido, a palavra costuma sair por outro. Vazando-nos pelos olhos, o texto inunda de imagens a alma.
Em outras palavras: falada, a palavra perde-se nos desvãos da memória; impressa, desperta o cérebro, produzindo uma circulação de idéias que gera novos textos.
A Internet é, por assim dizer, um livro interativo. Plugados à rede, somos, autores e leitores. Podemos visitar as páginas de um clássico da literatura. Ou simplesmente arriscar textos próprios.
Otto Lara Resende costumava dizer que as pessoas haviam perdido o gosto pela troca de correspondências. Antes de morrer, brindou-me com dois telefonemas. Em um deles prometeu: “Mando-te uma carta qualquer dia desses”.
Não sei se teve tempo de render-se ao computador. Creio que não. Mas, vivo, Otto estaria surpreso com a popularização crescente do correio eletrônico.
O papel começa a experimentar o mesmo martírio imposto à pedra quando da descoberta do papiro. A era digital está revolucionando o uso do texto. Estamos virando uma página. Ou, por outra, estamos pressionando a tecla “enter”.

SOUZA, Josias de. A revolução digital. Folha de São Paulo, São Paulo, 6 de maio de 1996. Caderno Brasil, p. 2.
1.Com base na leitura feita, é CORRETO afirmar que o objetivo do texto é

a) defender a parceria entre o papel e o texto como uma história de êxitos.
b)discutir as implicações da era digital no uso da escrita.
c)descrever as vantagens e desvantagens da Internet na atualidade.
d) narrar a história do papel e do texto desde a antigüidade.
e) n.d.a








2. Nos períodos abaixo marque a oração subordinada adjetiva:
a) todos esperam que você volte..
b) não fale alto, que ela pode ouvir.
c) vamos embora, o dia está amanhecendo.
d) os homens que fumam vivem pouco.
e) era uma voz tão grave que metia medo.
3. Os recursos gráficos usados para exprimir os movimentos dos objetos e dos personagens são:
a) flashback
b) metáforas visuais.
c) linhas de movimento.
d) rabicho.
e) onomatopéias.
 4. Na divulgação cientifica estudamos “Os transgênicos”. Qual dos conceitos abaixo seria o mais adequado.
a) é um tipo de hormônio do crescimento para tratar de deficiências físicas no desenvolvimento humano.
b) são proteínas usadas na biotecnologia
c) são seres vivos criados artificialmente com técnicas que permitem transferir genes de um organismo para o outro.
d) são produtos com novas características nutricionais.
e) são pigmentos presentes em legumes e frutas-escuras ou avermelhadas.
 A luta e a lição
 Autor: Carlos Heitor Cony. Publicado na Folha Online
Um brasileiro de 38 anos, Vítor Negrete, morreu no Tibete após escalar pela segunda vez o ponto culminante do planeta, o monte Everest. Da primeira, usou o reforço de um cilindro de oxigênio para suportar a altura. Na segunda (e última), dispensou o cilindro, devido ao seu estado geral, que era considerado ótimo.
As façanhas dele me emocionaram, a bem sucedida e a malograda. Aqui do meu canto, temendo e tremendo toda a vez que viajo no bondinho do Pão de Açúcar, fico meditando sobre os motivos que levam alguns heróis a se superarem. Vitor já havia vencido o cume mais alto do mundo. Quis provar mais, fazendo a escalada sem a ajuda do oxigênio suplementar. O que leva um ser humano bem sucedido a vencer desafios assim?
Ora, dirão os entendidos, é assim que caminha a humanidade. Se cada um repetisse meu exemplo, ficando solidamente instalado no chão, sem tentar a aventura, ainda estaríamos nas cavernas, lascando o fogo com pedras, comendo animais crus e puxando nossas mulheres pelos cabelos, como os trogloditas - se é que os trogloditas faziam isso. Somos o que somos hoje devido a heróis que trocam a vida pelo risco. Bem verdade que escalar montanhas, em si, não traz nada de prático ao resto da humanidade que prefere ficar na cômoda planície da segurança.
Mas o que há de louvável (e lamentável) na aventura de Vítor Negrete é a aspiração de ir mais longe, de superar marcas, de ir mais alto, desafiando os riscos. Não sei até que ponto ele foi temerário ao recusar o oxigênio suplementar. Mas seu exemplo –e seu sacrifício- é uma lição de luta, mesmo sendo uma luta perdida.
5. Identifique qual tipo de crônica foi utilizada.
a) crônica Lírica
b) crônica de Humor
c) crônica Descritiva
d) crônica Narrativa
e) crônica Dissertativa

1-B,  2-D,  3-C, 4-C, 5-E

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